sexta-feira, 20 de maio de 2011

Você Repórter



Atualmente, um novo fenômeno surgiu no mundo jornalístico: O jornalismo colaborativo. Esse consiste na interação do leitor com o veículo de informação, transformando-o também em produtor de notícias. Essa ferramenta interativa funciona da seguinte maneira: Uma pessoa normal, que não é necessariamente jornalista ou fotógrafo se depara com alguma situação inusitada no seu dia-dia e julga que isso daria uma boa notícia. Produz então uma pequena matéria ou nota, com fotos e envia para o veículo informativo (principalmente os online). A redação avalia o conteúdo, e se o achar relevante, publica. Como exemplo, entre vários, existe o portal de notícias Terra, que criou a sessão " vc repórter ". Após preencher um formulário com informações básicas, o usuário pode mandar as notícias que bem enteder. Quer mais interatividade ? As notícias e fotos podem ser mandadas até via celular.

O recurso é genial por abrir espaço para a mão dupla nos veículos de comunicação, tirando a exclusividade da produção de notícias apenas pela redação de jornais. Ao transformar o cidadão comum em repórter, o veículo fideliza o leitor também, pois ele se sente mais integrado e parte da produção da notícia, gerando também uma impressão de ser mais democrático.

Como sempre, cada inovação tem os dois lados. Por um lado, o jornalismo colaborativo representa uma nova realidade, ajustados ás exigências modernas. Hoje em dia, praticamente todo mundo tem um celular que tira fotos e entra na internet. Para não ficar para trás na rapidez de cobertura de notícias, o jornalismo se reinventa e fica ainda mais abrangente. Se um repórter oficial de um veículo não está presente no local, provavelmente algum internauta está. A ferramenta ajuda então, o jornalismo a sobreviver na era digital.

Por outro lado, há a questão da veracidade e qualidade das notícias. Mesmo passando por um filtro, criado pela redação do veículo de comunicação, há o risco de, na pressa por publicar uma notícia em primeira mão, publicar algo falso, ou que contenha informações duvidosas. Em tempos de Photoshop e manipulação de imagens, mal sabemos se uma foto é real ou montada.

Minha avaliação é que a colaboração é válida e genial, mas deve contar com o cuidado e intermédio de um jornalista. Sabendo filtrar e apurar a veracidade das informações, o jornalismo só tem a ganhar. E os leitores também.

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