quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rebeldes sem Coisas




Houve um tempo, em que ser rebelde era realmente passar esmalte preto nas unhas, ser de esquerda, brigar com os pais, ter tatuagem. Ser rebelde era fumar maconha, não trabalhar, fazer sexo com qualquer pessoa . Ser rebelde era ser do rock e pronto.


Legal. Até acho que pode ter sido autêntico. Mas esse tempo já passou. Pois é.


Não sei quando aconteceu, mas de repente todo mundo resolveu adotar esse conceito de rebeldia (que foi válido para a época), para ser aceito e admirado. Sente só a contradição: Hoje, ser “out” é que é ser “in”. É gente... Isso mesmo. Hoje o “legal” é QUERER ser diferente, ter mil piercings na cara, é não se envolver, odiar ler, fazer esporte radical para os outros e não para si mesmo, é assistir Pânico e ouvir Indie Rock (mas que todo mundo conheça), pensando ser rebelde assim... É ficar dentro de casa o dia inteiro assistindo TV e fazer protestos somente com frases soltas pelo facebook (já fiz demais isso). É mostrar uma atitude que, sinceramente? Quase sempre representa nada. É querer provar pra todo mundo que não precisamos provar nada para ninguém.


E a verdadeira rebeldia, minha querida, aonde está você? Em que lugar se alojou em nossos corações? A vontade de ir contra os costumes já decaídos, o que é ditado, criatividade onde está você? Parece que se foi, para um lugar bem distante... Mas está muito bem disfarçada no nosso dia a dia... Querendo se fazer presente. Tem muita gente de cabelo roxo mas que pensa igual a avó do meu avô. Se bem que não, essa sim foi rebelde - morava no mato e foi índia.


Pois é gente. Eu já fiz isso tudo. E ainda faço. E hoje venho aqui, (tentar) me redimir e dizer que quero mesmo é ser Rebelde com R maiúsculo. Quero rever conceitos, mais uma vez.


A anarquia começou.


A anarquia de sermos sinceros, de abrir o coração. A anarquia de buscar AMAR incondicionalmente. Não esse amor piegas que escutamos por aí... Que não é nada mais do que paixão.


Aliás, ser rebelde e diferente mesmo hoje, é escutar nosso coração. É querer escolher alguém com valores. É não ter vergonha de chorar. É não passar esmalte da moda nenhum e nem fazer a dieta do abacaxi. É não precisar de droga alguma para viajar. Ser rebelde é escutar música clássica e axé também, se você realmente gostar... É encarar a nós mesmos e todas as nossas faces, sem medo e sem pudor. Ser rebelde é perceber nossos erros e aprender com eles. Ser rebelde é muito mais do que usar all star e camisa xadrez.


Ser rebelde é questionar. Com consciência.

Ser rebelde é ser autêntico. Ser r.eVoLuci-on.á(rio.

É agir com o coração. Cor-agem.


Estou aprendendo (não se enganem)... A não pegar nada emprestado. Nenhuma verdade que não seja minha. Nenhuma desculpa. Quero só ser eu mesma, descobrir o que meu coração quer... E aí sim ser livre. Quero ter percepção. Quero perceber quando a ilusão quiser chegar, e quando nem eu mesma quero ver que é ilusão.

Pode demorar, mas a Verdade (com V maiúsculo também) um dia chega... E aí com ela eu voo.


Hoje, no meu ato tão rebelde de sentar para escrever um texto (algo tão ou mais antigo do que a própria escrita) decreto para mim mesma, que vou ser rebelde, por dentro. Sem ter que mostrar nem provar nada. Sendo normal aparentemente. Mas sendo gente. Seguindo, errando, acertando. Sendo eu mesma.


O que eu mais queria que fosse a nova moda, a nova onda? O acordar. O olhar para dentro. Ser inteiro.


Ou melhor, só SER.


Pensar diferente (e não ser escravo do pensamento). Puts, aí sim, que rebeldia...


Na verdade mesmo, não tem nada de errado com o esmalte preto, ou com o pobre coitado do all star... Adoro isso tudo. Desde que acompanhados de atitude INTERNA. Não precisamos de estereótipo nenhum para fazer diferente. De coisa nenhuma.


Um grande amigo me disse certa vez: Sonhar é bom - acordar é essencial.


Águeda.





terça-feira, 24 de maio de 2011

Uma imagem vale mais que mil palavras

Crianças do projeto “Meu Morro Meu Olhar”, revelam a beleza de onde moram

Foto: Divulgação

Aliar a arte da fotografia à inclusão social. Esse é o objetivo traçado e cumprido desde 2009 pelo Projeto “Meu morro, meu olhar”. Idealizado pela professora Aline Guerra, o projeto fotográfico foi uma maneira de crianças da 5a série do Ensino Fundamental, ( com idade entre 11 e 13 anos), mostrarem o Morro do Papagaio (Aglomerado Santa Lúcia) sob uma nova perspectiva, demonstrando como enxergam o local onde residem.

Tudo começou quando Aline, na época professora de Educação artística do Programa Escola Integrada da Escola Municipal Ulysses Guimarães, encontrou num armário da escola , algumas câmeras analógicas sem uso. Pensando na mágica utilidade que tais instrumentos poderiam ter, surgiu a idéia de fazer um projeto de fotografia com as crianças, que foi encaminhado para a direção da escola e aprovado.

Os pequenos grandes fotógrafos contam com aulas teóricas e práticas do voluntário e também organizador do projeto Jorge Quintão, fotógrafo há mais de 20 anos. “ Já trabalhei em outras comunidades, mas era sempre a minha visão sobre o local em que estava, eu é quem fotografava. Dessa vez, surgiu uma oportunidade diferente que me interessou muito.”, diz Jorge. “ Como nunca tinha dado aulas, preocupava-me com a linguagem, com qual seria a melhor maneira de ensinar crianças a tirar boas fotografias com técnica. Percebi com o tempo, que mesmo de forma não consciente, eles já sabiam fotografar. O olhar de criança é puro, sincero, autêntico. Um pouco de aulas de teoria e prática apenas aprimoram e fazem descobrir o potencial que têm. Eles são muito inteligentes e capazes, as aulas são muito divertidas e o resultado é excelente”, ele completa. “Antes eu pensava que tirar fotos era só apertar um botão”, diz a aluna Thaís Lorraine, demonstrando o quanto aprendeu com a experiência. Agora, ela já sabe e ensina que tem que observar luz, enquadramento e outras técnicas para ter uma boa fotografia.

A mistura de olhares inocentemente curiosos e câmeras fotográficas, já rendeu belas fotos, exposições e muito sucesso. Em dezembro de 2010, Pela segunda vez consecutiva, um aluno do projeto ganhou o primeiro lugar no concurso fotográfico Repórter Guri Fotográfico, promovido pelo Jornal Estado de Minas. O aluno Matheus Guedes levou o prêmio de primeiro lugar, com uma foto tirada em um beco do Morro do Papagaio. Ele participou somente com uma foto, que foi a escolhida para o primeiro lugar. O concurso selecionou 15 fotografias de 120 participantes de Minas Gerais. Quatro dos treze alunos da escola, inscritos no concurso, foram selecionados. As novas turmas de 2011 já começaram, e pelo que tudo indica, o projeto continuará por um bom tempo, assim como seu sucesso.

Diz um provérbio árabe que “Quem não entende um olhar, tampouco entenderá uma longa explicação”. Portanto, sem mais explicações, fica aqui a sugestão de entendermos um pouco mais sobre a cidade e o mundo onde vivemos, através da sensibilidade do olhar destas crianças.

Site Olhar Coletivo - Para ver a galeria de fotos e fazer doações para o projeto “Meu Morro, meu olhar” , basta visitar o site www.olharcoletivo.com.br .


Fotos: Jorge Quintão











sexta-feira, 20 de maio de 2011

Você Repórter



Atualmente, um novo fenômeno surgiu no mundo jornalístico: O jornalismo colaborativo. Esse consiste na interação do leitor com o veículo de informação, transformando-o também em produtor de notícias. Essa ferramenta interativa funciona da seguinte maneira: Uma pessoa normal, que não é necessariamente jornalista ou fotógrafo se depara com alguma situação inusitada no seu dia-dia e julga que isso daria uma boa notícia. Produz então uma pequena matéria ou nota, com fotos e envia para o veículo informativo (principalmente os online). A redação avalia o conteúdo, e se o achar relevante, publica. Como exemplo, entre vários, existe o portal de notícias Terra, que criou a sessão " vc repórter ". Após preencher um formulário com informações básicas, o usuário pode mandar as notícias que bem enteder. Quer mais interatividade ? As notícias e fotos podem ser mandadas até via celular.

O recurso é genial por abrir espaço para a mão dupla nos veículos de comunicação, tirando a exclusividade da produção de notícias apenas pela redação de jornais. Ao transformar o cidadão comum em repórter, o veículo fideliza o leitor também, pois ele se sente mais integrado e parte da produção da notícia, gerando também uma impressão de ser mais democrático.

Como sempre, cada inovação tem os dois lados. Por um lado, o jornalismo colaborativo representa uma nova realidade, ajustados ás exigências modernas. Hoje em dia, praticamente todo mundo tem um celular que tira fotos e entra na internet. Para não ficar para trás na rapidez de cobertura de notícias, o jornalismo se reinventa e fica ainda mais abrangente. Se um repórter oficial de um veículo não está presente no local, provavelmente algum internauta está. A ferramenta ajuda então, o jornalismo a sobreviver na era digital.

Por outro lado, há a questão da veracidade e qualidade das notícias. Mesmo passando por um filtro, criado pela redação do veículo de comunicação, há o risco de, na pressa por publicar uma notícia em primeira mão, publicar algo falso, ou que contenha informações duvidosas. Em tempos de Photoshop e manipulação de imagens, mal sabemos se uma foto é real ou montada.

Minha avaliação é que a colaboração é válida e genial, mas deve contar com o cuidado e intermédio de um jornalista. Sabendo filtrar e apurar a veracidade das informações, o jornalismo só tem a ganhar. E os leitores também.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jovens se preparam para a copa do Mundo em Belo Horizonte

Expectativa é grande e já movimenta diferentes tipos de mercados

Os jogos realizados no Brasil durante a Copa do Mundo de 2014 já são motivos de expectativa e ansiedade para os brasileiros. As preparações vêm por todos os lados. Junto á reformas de estádios e rodovias, construções de estruturas e hotéis para a Copa, está a qualificação profissional para atender aos turistas. Em Belo Horizonte, uma das cidades que vai sediar os jogos, não é diferente. Jovens estudantes e recém-formados, já se preparam para estarem aptos a aproveitar tudo o que for possível nessa grande movimentação que acontecerá na cidade. Cursos de línguas, especializações em turismo, investimentos na rede hoteleira e até mulheres se interessando mais por futebol já têm. Na luta pela conquista do mercado de trabalho, vale tudo. E pelo que parece, terá espaço para todos os (bons) profissionais.
Todos os dias, ás 6h da manhã, Júlio Pereira Boni, de 25 anos e já formado em Economia, se prepara para ir à faculdade. Ele resolveu fazer um curso de pós-graduação em Gestão Turística. O motivo? A Copa do Mundo. O estudante conta que resolveu fazer a pós quando soube da urgência que a capital mineira tem em construir hotéis para o mundial de futebol. Além de realizar o curso, ele trabalha na empresa de seu pai, e a noite assiste aulas de inglês especializado para negócios. “Assim que me formei na faculdade fiquei sabendo que BH seria uma das cidades escolhidas para sediar a Copa do Mundo. Eu já tinha interesse em me especializar na área de turismo, mas com essa demanda não tive dúvidas. Estou me preparando muito para aproveitar as oportunidades que surgirão, bem agora, na época que estou entrando no mercado de trabalho”, conta Júlio. O pós-graduando leu em uma reportagem que em Belo Horizonte serão construídos vários hotéis para receber os turistas. “Meu dia-dia está sendo puxado, mas tenho incentivo do meu pai que é empresário, e acredito muito que isso tudo agora será investimento para meu futuro, mesmo se não houvesse a copa.”, diz. O jovem tem razão. De todas as preparações e transformações que a capital mineira enfrenta, a questão das redes hoteleiras insuficientes é a mais séria. Existem 25 novos projetos de hotéis para a copa, com 9 já em construção, sendo cinco deles de cinco estrelas, pois a cidade só possui um, que é insuficiente para receber tantos turistas e chefes de estado.
No lado feminino, a coisa não é diferente. As jovens amigas Rita, Carolina, Ailana e Roberta têm um grupo de discussão. Onde espera-se assuntos geralmente femininos, a conversa é outra: Futebol. O quarteto estava reunido em um bar num dia de clássico entre Cruzeiro e Atlético, quando se deram conta que simplesmente não entendiam nada de futebol. Incentivadas pelo namorado de Rita, hoje marido, as meninas começaram a pesquisar sobre o assunto e a se reunir semanalmente. A intenção inicial era de que os encontros durassem até o mundial de 2010 na África do Sul, mas agora, vai permanecer até o mundial no Brasil. “Temos diferentes profissões, e duas de nós ainda estão na faculdade, mas temos consciência de que o conhecimento que adquirimos será um ponto positivo em qualquer área. A intenção de quando montamos o grupo, era somente nos divertir, assistir partidas juntas, como os homens fazem, mas agora vai virar também trabalho”, diz Roberta. O grupo está montando um website, com informações para mulheres que querem entender de futebol. Na época da Copa, o time feminino vai acompanhar e comentar todas as partidas jogadas pela seleção brasileira, mas com pitadas femininas. “Mulheres comentam não só sobre o jogo em si, mas dos jogadores, se são bonitos ou feios, da história de vida de alguns deles, e até das namoradas também. Mas isso tudo sem perder a seriedade”, brinca Ailana. A amiga Roberta acrescenta: “Quando começamos, não sabíamos nada e nem gostávamos de futebol, mas hoje temos que admitir que somos todas apaixonadas por uma partida”, conta.
“Os jovens vêem na Copa do Mundo uma grande oportunidade não só profissional, como de aprendizado”, diz Maria do Carmo Couto, professora de inglês. “Já recebo alguns que querem intensificar seus conhecimentos em línguas diversas para poderem se destacar e sair à frente no mercado gerado pelo campeonato mundial”, destaca. A professora conta que a expectativa é que essa demanda só aumente. Todos os colegas de profissão que tenho, inclusive alguns que têm escolas de línguas já vêm se preparando para isso. Maria do Carmo conta que está aprendendo também: “Estou pesquisando bastante as palavras e termos específicos do futebol, pois mesmo sendo um esporte bastante conhecido por nós, existem termos técnicos que não são usados frequentemente” diz. A intenção da professora é saber bastante da área, para poder oferecer cursos de inglês específicos para a Copa.

Em diferentes aspectos, as expectativas para a Copa do Mundo já vem crescendo. Inúmeros são os casos de jovens que já procuram melhorar em áreas relacionadas com o futebol e com a estrutura para o mundial. Enquanto isso, a também jovem Belo Horizonte, se prepara a seu modo. Executando obras, transformando pessoas e entrando para a história.

Incentivo:No quesito de preparação para as conversações em inglês o Ministério do Turismo tem se saído bem. Em parceria com a Fundação Roberto Marinho, desenvolveram o Olá, Turista!, um programa que oferece 80 mil vagas gratuitas para cursos on-line de inglês e espanhol, com o objetivo de qualificar a recepção do turista estrangeiro na Copa do Mundo de 2014.
Podem participar do projeto: camareiras, mensageiros, recepcionistas de hotel, pousada e restaurante, garçons, taxistas, vendedores de lojas, ambulantes, agentes de viagens, de casas de câmbio, de segurança, de saúde, guias de turismo, atendentes em teatro, museus, aeroportos e atrativos turísticos, estudantes universitários e técnicos de turismo, hotelaria, gastronomia, entre outros profissionais. Os cursos são gratuitos e flexíveis, pois podem ser acessados pela internet, a qualquer hora do dia. Eles foram organizados em três módulos: Básico, Profissional e Regional. O conteúdo é voltado para aplicações práticas, privilegiando situações típicas vividas pelos profissionais que atuam no setor.
Confira o site: www.olaturista.gov.br

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rafinha Bastos é o mais influente do Twitter

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal americano "New York Times", o comediante brasileiro Rafinha Bastos é a pessoa mais influente no Twitter. O sistema de pesquisa foi criado pela empresa Twitalyzer, que analisa dados do Twitter. Outro brasileiro, Luciano Huck, aparece em décimo lugar na lista.
Confira a lista completa das pessoas mais influentes do Twitter:
1- Rafinha Bastos, comediante brasileiro
2- Chad Ochocinco, jogador de futebol americano
3- Conan O'Brien - comediante americano
4- Stephen Fry, ator e diretor britânico
5- Ryan Seacrest, apresentador americano
6- Snoop Dog, rapper americano
7- Barack Obama, presidente americano
8- Rainn Wilson, ator americano
9- Kim Kardashian, modelo e socialyte americana
10- Luciano Huck, apresentador brasileiro

domingo, 13 de março de 2011

O melhor canal para se informar (existe?)


Os leitores de feeds são programas que selecionam as notícias de interesse do internauta, em formato RSS, facilitando assim o seu acesso e filtrando os conteúdos para apenas o que lhe interessar. O usuário pode se inscrever em qualquer site que contenha o ficheiro RSS, ficando assim instantaneamente conectado com as notícias. Dois dos principais leitores de feeds são : Google Reader e FeedReader.
Com o mesmo objetivo, os aplicativos têm características diferentes.
O FeedReader, na minha opinião, tem uma grande desvantagem com relação ao filho da família Google. Para utilizá-lo, é necessário instalar o aplicativo no computador. Em tempos de HDs com bastante espaço, isso não é um grande problema, mas, quando se compara com outro programa que não exige instalação nenhuma, é uma grande desvantagem . Para se inscrever no Google Reader, basta ter uma conta Google. Posso dizer seguramente que a maioria dos internautas dos dias de hoje têm, pois tanto Orkut, Gmail, Blogspot, entre outros, são da mesma empresa e necessitam de uma. Para ser justa, direi uma qualidade do FeedReader. A leitura é feita dentro do próprio aplicativo, enquanto o Google, direciona o usuário para o site no qual a notícia foi publicada. Outra característica é que sempre que chegam novas notícias (a cada momento chegam várias), o FeedReader emite um aviso sonoro.
Quanto a facilidade, achei os dois bem fáceis, com um dia de uso, já se domina bem a ferramenta, pois são bem práticas.

Sobre a utilização de leitores de feeds, não foi algo que me conquistou. O motivo é que gosto de ter a opção de acessar diferentes notícias, não importa o conteúdo. Se eu filtrar apenas as notícias de Política, Moda e Viagens, por exemplo, e meu país estiver numa crise econômica complexa por exemplo, vou ficar boiando? Ou no mínimo ficar bem atrasada em saber, por que bloqueei as entradas sobre Economia? Acho que a utilização dos programas nos limita de certa forma, para termos a cabeça mais aberta para outros conteúdos. É claro que existem vantagens, como agilidade e segurança de receber notícias, mas prefiro estar aberta para todas as possibilidades, navegar livremente.
Com todas essas considerações, mas voltando ao assunto da comparação dos leitores... Se eu tivesse que usar, ou caso algum dia use algum dos aplicativos, usaria o Google Reader.

terça-feira, 1 de março de 2011

Moradores reinvindicam recuperação de praça

PEDRO VASCONCELOS,
3º PERÍODO


Telas de proteção quebradas, quadras esburacadas, muros pichados e vestiários depredados. Esta é a situação da Praça da Comunidade no Bairro Dom Cabral, na Região Noroeste de Belo Horizonte. O local, que é uma das principais alternativas de lazer do bairro, sofre há mais de de cinco anos com problemas de conservação. Foi pensando nisso que o presidente da associação de moradores, Mauricio Antônio dos Santos, organizou um abaixo assinado com mais de 700 assinaturas reinvindicando uma reforma completa na praça. "Na verdade, este é um problema antigo, que a antiga gestão também não conseguiu resolver, a comunidade precisa da praça em um bom estado. Muitas atividades acontecem na região e ela está ficando muito perigosa, principalmente para as crianças", diz Mauricio.
Segundo o presidente da associação, a má conservação da praça gera inúmeros transtornos para comunidade, sobretudo para uma creche que utiliza o espaço diariamente em suas atividades. "A creche é a que mais usa o espaço. É perigoso para as crianças brincarem em um piso esburacado, podem machucar o olho no arame solto das telas. Mas o pessoal do Lian Gong e de outros projetos que usam a quadra também reclamam", afirma Mauricio.
Pâmela Santos, 27 anos, tem um filho de quatro matriculado na creche e se preocupa com a integridade física dele. "Aqui precisa de uma reforma faz tempo. A gente fica preocupada, mas deixa os meninos brincarem", afirma. Pâmela é uma das moradoras que participou do abaixo assinado e aguarda uma posição das autoridades. "Vamos ver se agora eles fazem alguma coisa, porque até agora só estão enrolando, e faz tempo isso", relatou a moradora.
No dia 12 de outubro, Carlos Guilherme, morador do Bairro Dom Cabral e presidente tutelar do Padre Eustáquio, encaminhou o abaixo assinado para o secretário do adjunto municipal da Regional Noroeste, Nildo Tarone. "Junto com o abaixo assinadonós anexamos algumas fotos para ilustrar bem as condições da praça", diz. A Regional Noroeste informou que a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude de Minas Gerais já está tomando as devidas providências para solucionar o problema da praça.
Zaner Araújo, assessor de comunicação da Secretaria de Esportes, confirmou que o projeto de reforma da praça da Comunidade já está com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) aguardando a autorização da Caixa Econômica Federal. "Já sabemos deste problema. O projeto de reforma já está na Sudecap, só falta o parecer da Caixa. Esse tipo de obra demora um pouco mesmo, não posso estipular uma data certa, mas acredito que em um ano a obra já estará realizada", afirma o assessor. Maurício vêcom desconfiança o desenrolar da obra. "Nós inclusive já tivemos uma reunião com eles lá na secretaria e não adianta, tem anos que eles estão só prometendo", ressalta.
Wander Augusto de Souza, 62 anos, mora no Bairro Dom Cabral há 25 e teme pela preservação da praça. "Só está destruída porque alguém destruiu, concorda? Se reformar eu acho que vão destruir utra vez, o povo não tem educação", explica. Já Maurício acredita que após todo este processo a comunidade vai envolver diretamente com a preservação da praça. " A gente sabe que a população precisa se conscientizar, depois dessa novela eu acho que a maioria vai estar disposto a ajudar", afirma o presidente da associação.

Retirado do Jornal MARCO, edição de Novembro de 2010.